Investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) detectou vínculo dos alvos da Operação Aqua Ilícita, em Mato Grosso com pessoas do Rio de Janeiro, berço do Comando Vermelho. Uma movimentação de R$ 15 milhões está no alvo das autoridades. Conforme o Gaeco, várias lideranças da facção que vão para o regime semiaberto, com monitoramento eletrônico, rompem para fugir do Estado.
“Eles rompem a tornozeleira eletrônico e vão se esconder no Rio de Janeiro. As comunidades se tornaram abrigos para essas lideranças de outras localidades, por isso tem dinheiro sendo transferido para lá”.
Para ter uma ideia, o Gaeco afirma que relatórios mostraram uma movimentação expressiva de dinheiro, chegando em até R$ 15 milhões. As contas são de pessoas que não têm atividades e profissão definida.
Operação desarticulou um esquema de extorsão e lavagem de dinheiro por meio da venda de água mineral. Comerciantes eram ameaçados para pagar taxa aos criminosos e/ou vender água da própria facção. Os faccionados queriam ganhar até R$ 1 em cima de cada galão vendido nos comércios da região.
As vítimas eram adicionadas em um grupo de WhatsApp e informadas sobre as normas da facção. Se saíssem, sofriam ameaças. Há pelo menos 12 vítimas nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop.
“Eles não conseguiam trabalhar, a facção colocava medo. Ou eles tinham que pagar a taxa ou comprar de fornecedores indicados pela própria facção”, destacou o Gaeco.
Ao todo, são cumpridos 60 mandados de busca e apreensão, 12 de prisão, além de sequestro de bens e valores ilícitos, incluindo 33 veículos.
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